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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Confissões - Parte 1.

Sei que quando você me olha, parece ser transparentemente fácil pra mim ama-lo, mas não é. Ta difícil pra mim também, as colchas de cama estão acabando e ta difícil dividir o mesmo banheiro. Não consigo olha-lo sem pensar em você com outras, é complicado pra mim também e você não percebe, não percebe que se mando um "bom dia" é por que espero receber um de volta, se te digo "tenho saudades", espero receber um " vem me ver agora". Entende? Não, você não entende por que não percebe, essa minha transparência obscura me tapa e seus olhos só veem o que querem. Queria te trazer pro meu mundo, minhas pinturas, minhas paredes, minhas roupas, meus lençóis e meu quarto.. Sim, meu quarto em que poucos entram e entraram, é um mundo bem reservado, é o meu , você não vê... Você ta ocupado demais com teorias cientificas e cálculos matemáticos sobre a cientificidade do corpo humano pra se entregar e perceber o que ta bem diante dos teus olhos, você é tão cego mesmo enxergando. Como é capaz de ser tão surdo aos meus pensamentos, se eles gritam quando estou com você? E meus olhos? Chamas, labaredas, fogo... Em sua presença, em sua presença de desejo e paixão, só que mais uma vez você ta mais preocupado com a teoria física calculista do meu enxergar ou com a estrutura do meu olho pra perceber o interno em combustão. 

"eu"

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Terreno em qualquer lugar.


Eu li uma mensagem cheia de subtextos que eu mesma criei com a esperança de que o mundo pudesse prever o que viesse depois. Eu fui pro mundo tentar deixar o que nem sempre eu quis ter com a vontade de que não sabia o que queria. Sim, eu sei que sou confusa como paradoxos, ando por ai querendo achar algo que me complete e que me faça esquecer o desgosto que eu tenho de ser eu mesma. Eu ando nas ruas que está cheia de ratos com a esperança de que eles me contaminem para que eu me sinta mais limpa. Quero comprar um terreno em algum lugar esquisito, talvez em marte ou plutão que parece mais comigo por ser frio e distante. Quero entender como o cosmo pode estar tão em orbita quanto eu. Grudo poster de bandas de caras que nem conheço na parede para que eu tenha alguém que me vigie. Eu pinto pra espantar com a mão o que eu tenho dentro do coração, tem o que ninguém sabe, nem eu mesma. Tem um ponte em que guardo memórias que eu nem mesma quero lembrar. Alguém por favor tem um terreno em marte? Que é vermelho como o que corre dentro do corpo movimento pra que eu finja que estou viva. Alguém por favor consegue entender o que se passa na cabeça de pessoas assim? Eu li uma mensagem cheia de subtextos na minha cabeça para que pelo menos uma teoria maluca seja verdade.

O intuito

  O que eu mais quero é entender o que se passa no corpo de alguém que se declara...Que coração é esse que se prepara? Repara que essa respiração oscila e não convence a tranquilidade? Coração é assim mesmo, disfarça as batidas controlando o oxigenio que entra. Eu queria poder ser simplesmente controlar a lingua que não quer dizer nada, mesmo tendo tudo em sua ponta, eu queria dizer que as palavras boiam no liquido das ondas da mente. Que a viagem que suporto é da lente que não me deixa ver tudo com certeza, me pegando de surpresa em respostas que eu não esperava ter.Queria mente, quero lhe escrever que guarde todas essas sensações no corpo. Querido corpo, quero lhe pedir que guarde as musculaturas nervosas e que me deixe com a certeza de envelhecer sem esquecer o verdadeiro gosto do amor.  

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Por milésimos de segundos.


De fita branca no preto
com roupa com cheiro de vermelho
com olhos que não olham os meus
encaradas que não vem de esbarro aos meus.


De pele escura e ossos amostra
eu vi o nosso amor ir embora.
Pele arrepiada ao pensar
joelho bambos quando formos nos separar.


Toca uma musica no fundo
e os olhos se cruzam por milésimos de segundos
e o corpo de tristeza emposta
raivas de carinho expostas.


Medo teima a me engolir
e meu coração teima em persistir
que ainda existe alguém pra  iludi.
As mãos balançam de la pra cá
como numa ciranda de 4 a jogar
representando o adeus que você dará.